Moda consciente

Hoje estreamos a editoria “Compre da esquerda”, que será dedicada à indicação de pequenos empreendedores (dentro de Belo Horizonte e fora também) que possuem um comércio e vendem seus produtos seguindo os mesmos valores e pensamentos políticos/sociais que temos aqui no Portal Gama.

Apresentamos a Idée, marca que foi criada por Getúlio Amaral de Pinho e segue a linha sustentável de produção autoral de peças e brechó. Formado pela FUMEC como designer de produtos, sempre se interessou mais pela moda e era considerado como “fora da curva” tendo em mente o que seu curso abordava.

Antes de abrir sua própria loja, trabalhava como designer de calçados e acessórios. Depois de um tempo, surgiu a oportunidade de uma sociedade em uma loja que tinha o conceito muito similar ao que a Idée é hoje. Em entrevista à jornalista Ana Horta, Getúlio conta como se tornou empreendedor e os processos de criação da sua própria marca de roupas.

Como surgiu a ideia da Idée?

Getúlio Pinho diz que o conceito da marca no início era para ser mais colaborativo, incluindo novos criadores. O foco era a produção local e não tinham a intenção de incluir o brechó. No começo, a loja possuía um escritório de design e eram cinco marcas de roupas criando simultaneamente.

Com o passar do tempo, alguns criadores foram saindo até chegar à atual formação da loja, que consiste no Getúlio e em uma consignação de pessoas que criam e trazem as peças. “Hoje eu cuido de todo o processo. Desde a escolha de quem entra, se o produto tem a ver com o meu público até a criação das peças.”

Por que ela se chama Idée?

O empreendedor nos conta que o nome surgiu de uma conversa. Como eram cinco pessoas no início e todos tinham opiniões diferentes, não conseguiam chegar a uma concordância. Em busca de colocar as ideias no papel, eles se perguntaram o porquê de o nome da marca não ser “ideia”.

“Fui procurar a grafia da palavra em outras línguas e ficamos entre a alemã (que é muito similar, porém sem a acentuação) e a francesa. Por fim, escolhemos a francesa e assim surgiu o nome Idée.”, explica Getúlio.

Como é feito o processo de escolha das peças?

A escolha das peças que são vendidas na Idéé é sempre pensada no público da loja e no que Getúlio acredita na moda. Ele afirma que não tem uma definição certa na hora da escolha, mas que o Vintage e as modelagens de alfaiataria chamam sua atenção. “A gente segue esse caminho, mas não é uma regra. Eu gosto de misturar, pois acredito que cada um tem um estilo definido e essa criação do estilo depende muito de cada um.”

Além de peças garimpadas, a loja tem peças autorais suas? Conte um pouco sobre esse processo.

“Sim! A loja tem peças autorais e eu faço todo o processo de criação até o fechamento da peça. Eu compro os tecidos de lojas maiores (atacadistas) que fazem a venda de tecidos que restam de coleções das marcas grandes que não foram usados. Todo o processo de criação, desde o desenho até a produção, sou eu que faço. Costumo fazer modelagem e cortes e no fim, só levo à costureira para o fechamento das peças”, explica o empreendedor.

Quais são os valores e missão da Idée?

O maior valor e missão da loja, é deixar o cliente à vontade para escolher seu próprio estilo, sem imposições ou regras. O mais importante para o empreendedor, é deixar seus clientes confortáveis para usarem o que quiserem!

Qual é o perfil de público da Idée hoje?

O público da Idée é de 28 a 54 anos (média) e são pessoas que buscam um diferencial ao se vestir. Sem tendências, massificação ou imagem definida do que eles são. “Costumo trabalhar com assessoria personalizada para cada cliente que chega e quando são mais fidelizados e com mais tempo de Idée, consigo saber exatamente o que eles querem, facilitando o trabalho de consultoria, mas sempre incentivando os clientes a experimentarem coisas novas.”, finaliza Getúlio Pinho.

A loja Idée está localizada na Av. do Contorno, 6339 – São Pedro, Belo Horizonte. O telefone para contato é (31) 3286-9127 e você também pode acompanhar as criações e peças pelo instagram da loja @ideeloja.

Apoiem o comércio local! Compre da Esquerda 😉

*A matéria foi desenvolvida pela jornalista Ana Horta, que entrevistou e apurou as informações, juntamente com a estudante de jornalismo Bárbara Watanabe, que contribuiu escrevendo a matéria.

Oi!! Meu nome é Bárbara Sayuri Watanabe. Sou estudante de jornalismo, estagiária do Portal Gama e fotógrafa (@barbarasayurifotografia). Tenho uma paixão enorme em consumir e criar arte!

Ana Horta

Jornalista especializada em arquitetura e decoração e pós-graduada em MKT. Há 12 anos é proprietária da Mão Dupla Comunicação, única agência em Minas especializada em arquitetura,decoração, construção civil e paisagismo. É também uma das idealizadoras do Décor Solidário, projeto social, sem fins lucrativos, que visa revitalizar instituições carentes por meio da decoração.