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oscar 2022 Palco do Oscar 2022. - Foto: Divulgação

O prêmio Oscar…

O prêmio Oscar… mais que a esbofeteada de Will Smith

Por Héctor Trejo S.

Por +Gama

Will Smith, personagem de destaque na história moderna do Oscar, vencedor de Melhor Ator este ano, estrelou um show esquisito que o colocou nas tendências da mídia. Logo após um grande desrespeito a sua esposa, ele deu um tapa no comediante Chris Rock diante de todo mundo… mas o Oscar é muito mais que só isso.

Certamente é uma estratégia de mídia altamente consolidada, baseada em um evento majestoso, onde todos apresentam suas melhores roupas, com calçados e trajes impecáveis, mostrando as novas propensões para se vestir e até as poses que hoje são tendência nos programas de televisão. A expectativa gerada por este evento em particular é muito grande.

Cenários espetaculares, atores e atrizes, produtores, diretores, roteiristas, dezenas de jornalistas tentando arrumar as melhores fotos ou as entrevistas mais reveladoras, fãs que procuram fugir das medidas de segurança para se aproximarem de seus ídolos na telona… isso e muito mais é o Oscar que concede a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS; Academy of Motion Picture Arts and Sciences).

Mas, como surgiu essa festa, que se tornou um evento de mídia?

Para falar sobre a primeira entrega do Oscar, temos que voltar à criação da Academia, que foi fundada a partir da ideia de Louis B. Mayer, que naqueles anos era presidente da Metro-Goldwyn-Mayer. O visionário teve a impressão de que era necessária uma organização para dar maior importância ao cinema e, em 11 de maio de 1927 em Los Angeles, Califórnia, foi apresentado a AMPAS.

O Oscar foi posteriormente criado pela própria Academia, na tentativa de formalizar um prêmio “por mérito de realização” na indústria cinematográfica. Assim, a primeira cerimônia do Oscar foi realizada no Hollywood Roosevelt Hotel, em Los Angeles, em 16 de maio de 1929, para premiar o filme mais destacado dos anos de 1927 a 1928.

Essa cerimônia foi conduzida por Douglas Fairbanks e William C. de Mille e concedeu o prêmio de Melhor Filme a “Wings”, do diretor americano William A. Wellman; O Oscar de Melhor Direção em um filme do gênero drama foi para “Seventh Heaven”, dirigido por Frank Borzage e de Melhor Direção em um Filme do Gênero Drama foi para “Irmãos de Armas” do diretor Lewis Milestone.

Começa aí uma lenda que tem muitos ângulos que contribuem para mitificar tal evento midiático.

Brasil no Oscar

O último filme brasileiro a receber uma nomeação ao Oscar foi “Democracia em Vertigem” um documentário do ano 2019, dirigido por Petra Costa. A fita participou na categoria a Melhor Documentário.

Este ano, a maior aproximação do Brasil ao Oscar foi por meio do curta-metragem “Seiva Bruta”, dirigida por Gustavo Milan, que conta a história de Marta, uma jovem mulher imigrante venezuelana no Brasil que conhece um jovem casal em apuros e começa a amamentar a filha deles. O filme esperava concorrer na categoria de Melhor Curta-Metragem más não deu certo.

Assim, o Oscar parece um evento quase exclusivo para a comunidade cinematográfica de Hollywood, onde o resto do continente e praticamente do mundo passam despercebidos.

A tendência hegemônica fílmica estabelecida pelos Estados Unidos impôs padrões muito claros que estabelecem limites e grandes fronteiras para diferentes propostas, como as produzidas em grande parte do continente americano por falta de recursos econômicos.

Isso também é o Oscar.

Héctor Trejo S. Oi, sou Héctor Trejo S., mexicano apaixonado pela cultura brasileira, Doutorando em Desenvolvimento Humano, Master em Comunicação, jornalista, escritor e professor. Colunista y Podcaster com 24 anos nos meios de comunicação.
Amante da sétima arte e de viagens, falo na rádio mexicana sobre esses temas enriquecedores.

 

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