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Por mais mulheres

Conheça iniciativas que buscam estimular a participação de mulheres na tecnologia e inovação

Por Tuany Nathany

A tecnologia é um ‘homem branco’? Segundo a pesquisa #QUEMCODABR, promovida pelo PretaLab, sim! O estudo, de 2019, mostrou que as pessoas que trabalham em tecnologia no país hoje são, principalmente: homens, brancos, jovens de classe média e alta que começaram a sua trajetória nos centros formais de ensino.

Dentro das organizações, em 64,9% dos casos, as mulheres representam no máximo 20% das equipes de trabalho em tecnologia. Sendo os principais cargos: desenvolvedora, analista, gerência, project, tester e design. Já o estudo do Mastertech, aponta que as mulheres representam menos de um terço da força de trabalho em TI.

Contudo, esse cenário começa a se forma na graduação. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas 13% dos alunos de ciência da computação são mulheres, das quais 47% acaba desistindo.

Além disso, na escola, 74% das meninas demonstram interesse nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, mas quando chega a hora de escolher uma graduação, apenas 0,4% delas escolhem Ciência da Computação. Um dos fatores para esses números é a falta de representatividade nesse campo, além do ambiente hostil e machista.

Por mais mulheres na tecnologia

Nesse sentindo, é urgente desenvolver e apoiar iniciativas que buscam desassociar as áreas de tecnologia e inovação do sexo masculino. Afinal, você não precisa – como várias mulheres nos mostram todos os dias – ser um homem branco, hétero para aprender a programar e inovar, só depende de você e das oportunidades que você tem ao longo do caminho.

Por isso, trouxemos algumas iniciativas que buscam enfrentar esse cenário excludente para você conhecer. Os programas ajudam mulheres a desbravar o mundo da tecnologia e inovação, mostrando que inovar e criar também é coisa de mulher.  

 {reprograma}

Iniciativa de impacto social que foca em ensinar programação para mulheres cis e trans que não têm recursos e/ou oportunidades para aprender a programar. O projeto também oferece cursos gratuitos para adolescentes. Saiba como participar aqui.

Progra{m}aria

Inciativa que busca contribuir para que mais meninas e mulheres sintam-se motivadas e confiantes a explorar os campos da tecnologia, da programação e do empreendedorismo. Para isso, o projeto oferece oportunidades e ferramentas para que elas deem os primeiros passos na aprendizagem da programação. Saiba mais aqui.

Preta Lab

Iniciativa que busca dar protagonismo as meninas e mulheres negras e indígenas na a inovação e tecnologia. O projeto mapeaia dados, coleta histórias e organiza encontros que mostram para as meninas e mulheres negras do país que tecnologia é sim um campo para elas. Saiba mais aqui.

Minas Programam

Projeto que surgiu da vontade de desconstruir estereótipos de gênero e de raça. O grupo realiza cursos de introdução à programação, oficinas, treinamentos e debates. As atividades são gratuitas e todas as professoras e instrutoras são mulheres. Saiba mais aqui.

MariaLab

Iniciativa que trabalha pela valorização do autocuidado nos meios digitais. Para isso, o grupo auxilia na coleta, organização e divulgação de informações e produção de conhecimentos científicos e socioeconômicos sobre a relação de tecnologias e feminismos. Além de promover debates e produção de materiais didáticos em diversos formatos. Saiba mais aqui.

Programa Mulheres Inovadoras

Iniciativa da Finep e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para estimular startups lideradas por mulheres, de forma a contribuir para o aumento da representatividade feminina no cenário empreendedor nacional, por meio da capacitação e do reconhecimento de empreendimentos que possam favorecer o incremento da competitividade brasileira. Saiba mais aqui.

 

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Tuany Nathany

Alma curiosa que busca entender os ‘por quês’ e ‘comos’ da vida. Jornalista por profissão e pesquisadora de coração, sou especializada em jornalismo em ambientes digitais e em comunicação pública da ciência. Na pesquisa, e na vida, meus principais temas de interesse são gênero, mulheres na ciência, redes sociais e divulgação de ciência para crianças.

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