Educação
educomunicação the concept of education of children.the generation of knowledge

Percusora da Educomunicação

Conheça Mariazinha Fusari, um dos principais nomes da educomunicação no Brasil

Por Tuany Nathany

As mulheres são pilares de mudança na educação brasileira, seja na luta por oportunidades iguais ou na busca de uma educação que veja os estudantes como indivíduos integrais. Para se ter uma ideia, a pesquisa “Sinopse Estatística da Educação Básica 2020”, elaborada pelo Inep, aponta que dos 2.189.005 docentes da Educação Básica, 79,42% (1.738.512) são mulheres. Em estágios educacionais como creche e pré-escola é ainda maior, 97,37% e 94,44% respectivamente.

Para marcar essa semana, quando comemorados o ‘Dia das(os) professoras(es)’, conheça Maria Felisminda de Rezende e Fusari, uma das percussoras da educomunicação no Brasil. Conhecida como Mariazinha Fusari a arte educadora nasceu em 1940 e foi professora universitária na Universidade de São Paulo (USP), onde foi cofundadora do Núcleo de Comunicação e Educação.

A professora também foi doutora em Psicologia Educacional e sua pesquisa de mais relevância teve como objeto avaliar a relação e os impactos entre os meios de comunicação e as crianças. Esse trabalho desencadeou um rico estudo sobre as mídias digitais na formação dos professores, o que lhe fez ser reconhecida como um dos grandes nomes no campo da Educomunicação, influenciando não apenas a produção científica e educação paulista, mas brasileira.

 O que é educomunicação?

Intervenção a partir de educação para a mídia é isso que propõe a educomunicação. Ou seja, professores e estudantes, juntos, desenvolvem em sala de aula conteúdos educativos, fazendo uma gestão democrática desse ambiente, por meio de uma comunicação aberta e criativa. Assim, horizontalizando o conhecimento e não partindo de uma lógica de cima para baixo.

O que ganha-se com isso? A educomunicação possibilita ampliar o diálogo, a participação e a criatividade em espaços formais e informais de aprendizagem. Nesse sentido, nas escolas suas ações ampliam capacidade de expressão dos estudantes e estimula o pensamento crítico sobre as informações que consomem diariamente nos veículos de comunicação.

Dessa forma, formando uma população crítica e mais bem preparada para lidar com questões complexas atuais como as Fake News. Além disso, possibilita que as crianças e adolescentes tornem-se protagonistas nesse desenvolvimento.

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Tuany Nathany

Alma curiosa que busca entender os ‘por quês’ e ‘comos’ da vida. Jornalista por profissão e pesquisadora de coração, sou especializada em jornalismo em ambientes digitais e em comunicação pública da ciência. Na pesquisa, e na vida, meus principais temas de interesse são gênero, mulheres na ciência, redes sociais e divulgação de ciência para crianças.

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