Negócios

Pandemia e trabalho

Qual a situação do mercado de trabalho durante a pandemia?

Por Leandro Silva

Por Denise Rodrigues Alves

Como ocorreu no mundo, a pandemia do novo coronavírus afetou a vida dos brasileiros em várias áreas, uma delas é a profissional. Muitas empresas precisaram fechar suas portas ou reduzir o número de funcionários para sobreviver. Enquanto isso, setores como os de saúde e delivery tiveram que contratar mão de obra qualificada para atender ao aumento das demandas.

Recém-formada em Enfermagem, Daniele Ferreira, moradora de Governador Valadares (MG), explica que já passou por dois processos de seleção. “Eu sempre soube que o mercado da área da saúde era mais fácil, mas nunca imaginei que seria tão rápido assim. Mesmo que ainda não tenho nada certo, com menos de uma semana de formada conseguir duas entrevistas de emprego é um ponto positivo”, avaliou.

Foto: Arquivo pessoal/ Daniele Ferreira

Segundo Daniele, antes da pandemia ela pode vivenciar a parte prática do curso, que foi interrompida em março. A partir daí, as atividades passaram a ser on-line, retomando as práticas em outubro e finalizando em dezembro, quando se formou. “Me sinto privilegiada de receber propostas de emprego em meio a uma crise financeira, e em um momento em que as taxas de desemprego estão cada vez mais altas”, disse.

“A expectativa é que o setor de saúde chegue próximo dos 100 mil novos postos de trabalho, superando o número de postos criados no ano de 2019 que foi de 93 mil”, ressalta Clóvis Queiroz, coordenador do Conselho de Relações do Trabalho e Sindicais, da Confederação Nacional da Saúde, em entrevista ao portal Setor Saúde.

 

Delivery

O aumento das demandas também foi notado por quem emprega, como Dayane Cristina, dona de uma lanchonete em Governador Valadares. Ela e o esposo, Marcos Carvalho, tocam o negócio há mais de 15 anos no bairro Ipê. Com cada vez mais pessoas em casa, os gastos com delivery subiram 94%, segundo pesquisa feita com 160 mil usuários do aplicativo Mobills, startup de gestão de finanças pessoais.

Foto: Leandro Silva.

A necessidade de aumentar o número de colaboradores, de acordo com Dayane, foi sentida no mês de março. “Tínhamos 14 pessoas trabalhando conosco e hoje são 19, na área de produção, atendimento e entrega. Meu sentimento é de gratidão, porque em meio ao caos, onde muitos estão fechando as portas, nós estamos gerando emprego, e isso é muito gratificante”, comemorou.

Foto: Leandro Silva.

Os segmentos que estão em evidência nesse período de pandemia, conforme o SEBRAE, são os de compras online, farmacêutico, delivery, supermercados, marmitas, pets, exercícios em casa, itens de informática e serviços de casa e construção.

Leandro Silva

Leandro Silva 

Graduado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Vale do Rio Doce. Apaixonado por tecnologia e autodidata.

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Denise Rodrigues Alves

Sou jornalista, advogada e mestranda em Gestão Integrada do Território pela Universidade Vale do Rio Doce, no leste de Minas Gerais. Sou natural de Nanuque e moro em Governador Valadares. Gosto de ler e de pesquisar.

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