A Voz Delas
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Abusos morais a mulheres

“Eu sei que não vai dar certo porque um monte de mulher junta só sai briga e fofoca”. Após a jornalista Carina Pereira contar sobre os abusos morais sofridos na Rede Globo Minas, o Portal Gama recebeu uma série de denúncias similares que teriam acontecido em um grande veículo de comunicação mineiro

Por Paloma Chierici

“Não me arrependo”. Foi o que disse a jornalista Carina Pereira, em entrevista ao UOL ESPORTE, em relação à recente denúncia que fez do abuso moral que sofria do chefe, trabalhando para a Globo Minas, empresa na qual trabalhou por mais de 7 anos, como repórter e apresentadora, e da qual foi demitida no início de janeiro. A denúncia da jornalista viralizou não só em Minas, mas em todo o país e, de certa forma, incentiva a que mais histórias como essa sejam expostas, mesmo sendo contra grandes empresas e acarretando em uma demissão, no intuito de que não aconteçam mais. Carina não se arrepende e nós não nos calaremos, não mais!

Ainda tentando entender o que havia acontecido com a Carina Pereira e acompanhando toda a repercussão do caso, fui surpreendida com uma série de mensagens dizendo que, na Rádio 98 FM (conhecida rádio de Belo Horizonte, citada inclusive em música do grupo mineiro Skank), o assédio moral contra funcionárias é uma prática comum. Além disso, a rádio levava o estigma que promover piadas machistas e misóginas constantemente e ainda apoiar a violência em um caso recente que aconteceu com uma torcedora atleticana. As mensagens que recebi me questionavam se nós do Portal Gama toparíamos divulgar as denúncias, mas, por questões de segurança, todas as fontes (mulheres) não gostariam de ser identificadas.

Foto enviada por uma de nossas fontes.

Ouvindo a mensagem, fui tomada pela revolta da situação que mais uma vez se repetia. Situação que se repete constantemente. Só conseguia pensar no quão difícil é ser mulher! Por quê? Qual a necessidade de sermos perseguidas, descriminadas, diminuídas e abusadas. Aos poucos, fui deixando de lado o lado ser humano/mulher e assumindo o papel da jornalista. Queria dar espaço para a voz dessas mulheres que queriam e precisavam expor o que haviam sofrido, mas o que fazemos aqui no Portal Gama é jornalismo. Então, para isso, precisava seguir alguns “protocolos”. Começando em discutir o tema com os meus companheiros e, claro, tentar ouvir o outro lado da história.

Assim foi feito. Em reunião de pauta, decidimos (não por unanimidade) divulgar a denúncia. Ouvi o relato de uma ex funcionária da rádio que sofreu, sistematicamente, abusos morais enquanto trabalhava lá e de uma outra ex funcionária que corrobora o primeiro relato e ainda afirma que isso é comum, não só com a fonte que ouvi, mas também com várias outras mulheres que lá trabalham ou trabalhavam. Também conversei com a torcedora que foi perseguida após fazer uma piada sobre o Cruzeiro e teve até o endereço divulgado, tudo incentivado por um apresentador da Rádio em questão. Tal fato, gerou a criação da #98ApoiaViolencia pelo Du Lincoln, de quem também ouvi o relato. Ele, além de ser escritor – escreveu “Atleticano de Corpo e Alma – tem um currículo extenso: é tatuador, graduado em administração e psicanálise e faz pós graduação em psicologia positiva e psicologia analítica.   E, finalmente, tentei contato com a rádio em questão. Vamos à denúncia.

O primeiro relato vem de uma ex funcionária da Rádio 98 FM. Desde que começou a trabalhar na rádio, a nossa fonte relata haver sofrido inúmeras, sistemáticas e graves violências relacionadas, especificamente, ao seu gênero. No programa, usualmente, um comentarista fazia “zoações” ao time dos demais colegas. Mas as pretensas “zoações”, no caso dela, foram muito específicas: inúmeras afirmações de que ela não teria capacidade para estar ali, ofensas do tipo “você deveria voltar para a cozinha”, comentários degradantes acerca da sua aparência, higiene, etc., (xingamentos como “piolhenta”, “bigoduda”, “songa monga”, “peso morto”). Os xingamentos ocorriam no ar e fora do ar e nas redes sociais também.

 

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Houve casos de ofensas à sua dignidade proferidas no ar, ao vivo: em determinada ocasião, os demais comentaristas simularam sons de um ato sexual com ela, noutra, insinuaram que ela estaria usando uma pomada para doenças sexualmente transmissíveis (gerando um constrangimento enorme não só para ela quanto para o pai idoso, que ouvia o programa no momento). Até mesmo uma situação delicada de um divórcio, vivido por ela depois de um relacionamento abusivo, foi exposta no ar no programa, de forma jocosa, pelos colegas de bancada. Outras violências, como cantadas e “chamegos” abusivos, além de um caso de agressão física, somaram-se às anteriores.

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Diante de toda a pressão vivida, a fonte teve um colapso, vivenciou um processo de adoecimento, de profunda depressão. Até mesmo isso foi usado contra ela, foi considerado uma fraqueza pessoal pela emissora.

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Apesar de tantos ocorridos, a fonte achava – e era o tempo todo aconselhada pela equipe da emissora nesse sentido, segundo ela – que tinha que ´entrar no jogo´, aceitar tudo. Assim, permaneceu por quase 8 anos na empresa, até o momento em que amadureceu, conscientizou-se de que estava sofrendo diversos abusos e decidiu não aceitar mais a forma como era tratada. A partir do momento em que ela fez a primeira queixa, enfrentou uma forte perseguição. Primeiro, alteraram o contrato dela, alegando que só poderia ir ao ar se tivesse patrocinador. Ainda que ela tivesse captado patrocínio e tivesse vendido espaço publicitário no programa, foi excluída do mesmo em definitivo (como dizem no jargão dos veículos de comunicação, ela ficou “na geladeira” por mais de 1 ano). Diante de tudo isso, ela resolveu romper de vez com a emissora e ir à justiça, pedindo reconhecimento de vínculo empregatício e relatando os abusos morais sofridos.

Corroborando a denúncia acima, uma jornalista e ex funcionária do Grupo Bel, grupo ao qual pertence a Rádio 98 FM, nos encaminhou seu relato e foi além, nossa fonte afirma que esses abusos são uma constante na rádio, já que ela presenciou várias situações semelhantes. A jornalista pediu para que o texto fosse publicado na íntegra.

“Sou jornalista, tenho 47 anos. Meu relato é como testemunha do caso de abuso e assédio moral envolvendo uma ex funcionária da Rádio 98 FM. Trabalhei no Grupo Bel, fui apresentadora de vários programas em uma extinta rádio da empresa e também participei de um programa na rádio 98. Sou testemunha não só dos relatos de abusos e assédio moral envolvendo essa funcionária, mas às mulheres em geral que trabalhavam na 98 FM. A rádio 98 é parte de um grupo de gerenciamento patriarcal, comandada pelo Senhor Marco Aurélio Carneiro e seus três herdeiros.

Até aquela época, a rádio 98 FM tinha como principal característica fazer piadas sexistas, machistas, racistas e, em muitos momentos, misóginas. O programa que essa pessoa trabalhou tinha escancaradamente um perfil machista, rodeado de homens, onde grande parte do “conteúdo” era preenchido com piadas homofóbicas, racistas e machistas envolvendo futebol. Cada informação sobre a rodada do fim de semana ou a partida do dia era complementado por alguma “piada” ofensiva. Inclusive entre eles. É aí que entra o caso da funcionária em questão. Ela era a única mulher no programa. Para os participantes do programa e para a direção da rádio, os motivos básicos para colocá-la imediatamente em um lugar de vulnerabilidade.

Quero explicar com base na jornalista norte-americana Jessica Bennett, autora do livro “Feminist Fight Club – An Office Survivor Manual For a Sexist Workplace” (Clube da Luta Feminista – Manual de Sobrevivência no Escritório para Ambientes de Trabalho Sexistas) onde ela explica que nem sempre o machismo no ambiente de trabalho é escancarado. Às vezes, pode acontecer de forma sutil em situações do cotidiano no escritório. Para explicar a gravidade dessa rotina massacrante e discriminatória da rádio 98 naquela época, o livro da Jessica Bennett pontua o que acontecia, as situações mais frequentes de machismo no trabalho e como as mulheres devem enfrentá-las. 1) Ser interrompida ao falar – isso é o que acontecia sempre com a funcionária. 2) Receber explicações óbvias – também acontecia, como se ela fosse incapaz de entender e dessa ironia vinham as piadas e gargalhadas que constrangiam não só a ela, mas todas nós, mulheres.  3) Ouvir piadas sobre TPM – isso também acontecia muito com ela, sempre “ao vivo”, deixando a jornalista em uma situação constrangedora de humor e vergonha. 4) Tratá-la como assistente – Ela era tratada como um anexo do programa. 5) Ouvir comentários negativos sobre maternidade, casamento e gravidez. Ela passou por um divórcio difícil e isso também foi motivo de piadas entre os integrantes do programa, sempre supervisionado e aprovado pela chefia. 6) Ter ideias roubadas – as ideias dela não eram roubadas, eram desvalorizadas e desrespeitadas, sempre “no ar”.

Para alguns (sempre homens), essas frases não têm absurdo nenhum. E esse pensamento comprova que existe machismo, mesmo que invisível. Isso transforma o ambiente organizacional num lugar que desrespeita e afasta as mulheres. Sobre mim, participei de um programa na rádio 98. Na época, um formato novo, só com mulheres no ar, gerenciado por uma chefia que compactuava essa linha de humor sexista e discriminatória, além do machismo explícito porque as mulheres sempre alvo de “piadas”. Lembro da primeira reunião sobre o projeto, quando o diretor da rádio 98 disse (rindo) “Eu sei que não vai dar certo porque um monte de mulher junta só sai briga e fofoca”.

O programa durou pouco tempo, todas as integrantes foram pressionadas de uma maneira ou outra, se sentiram prejudicadas e durante muito tempo eu imaginei que o problema era comigo, na minha maneira de ver as coisas. Mas conversando com outras mulheres, e vendo agora a coragem dessa mulher de denunciar os muitos anos de ofensas “no ar” e nos bastidores, percebi que o problema não era individual, mas sistêmico, coletivo. E, se é sistêmico, nós podemos lutar contra ele juntas. O machismo é o preconceito mais presente no Brasil.

Muitas mulheres que passaram por lá, sofreram abusos, assédios morais e sexuais, foram identificadas, contaram suas histórias, mas não têm coragem de dizer porque existe perseguição no mercado de trabalho e na vida pessoal que condena e pune, além da vergonha que a mulher sente por passar por isso e ter que expor. E é por isso que muitas ainda estão caladas, acuadas. Para combater o problema, as empresas precisam se envolver nessa discussão e mudar, para que sejam espaços de real acolhimento e oportunidades, não um lugar de opressão e interesses capitais. Força para essa mulher e todas as mulheres e colegas que lutam por respeito e igualdade.

R.A. jornalista, radialista.”

Para a nossa fonte que denunciou os abusos sofridos na Rádio 98 FM o resultado até agora é que ela está há 2 anos sem conseguir uma recolocação no mercado e suspeita de que tenha sido “queimada”. Por outro lado, nos inúmeros momentos em que a 98 FM faz piadas e ofensas machistas, homofóbicas e racistas, ela costuma ser acionada por outras mulheres, que cobram que se posicione e faça novas denúncias. Mas ela se encontra extremamente fragilizada, deprimida e amedrontada, pois já foi informada de vários casos de represálias vividas por outras pessoas em situação de confronto com a rádio.

História semelhante que aconteceu com uma mulher que teve a vida virada do avesso após uma piada, segundo ela feita constantemente por homens, mas que por ela ser mulher, gerou uma série de insatisfação e perseguição incentivada por um apresentador da Rádio 98 FM.

“O meu vídeo viralizou, pois esse apresentador se ofendeu somente com o meu vídeo. Não com os outros tantos na rede. Pediu aos seguidores que me expusessem. E assim foi feito. Tive meus dados, minhas contas em redes sociais e minha vida exposta. Recebi ligações no meu telefone, mensagens contendo os mais variados tipos de xingamentos, ofensas e ameaças. Não direcionadas somente a mim, mas ao meu filho de 5 anos e aos meus pais. Tinham meu endereço. Tiraram fotos da minha casa. Torcidas organizadas e torcedores me ameaçavam” – relata.

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Com a repercussão de tudo isso, ela perdeu o emprego e, por pouco, não perde a guarda do filho. Claro, o medo de sair de casa era constante e o temor pela integridade das pessoas próximas a ela também.

“Não posso dizer que me recuperei ainda de todo esse trauma. E não acho que mereci, como deixou explícito o posicionamento oficial da diretoria da rádio. Nunca houve um pedido de desculpa, uma reparação ou um reconhecimento de que estavam errados. Penso que se fosse com um homem, seria muito diferente. Aliás, nem teria acontecido, pois, antes de mim, muitos fizeram vídeos semelhantes e, até hoje, me pergunto o motivo de só o meu receber toda essa atenção negativa. Se não é machismo e a certeza da impunidade, não sei”. Finaliza.

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Com a repercussão do caso acima, a #98ApoiaViolencia foi criada. O responsável do ato foi o Du Lincoln que conta como surgiu a ideia.

“Com a polarização do país na política, algumas emissoras optaram por um rumo fascista que veio tomando conta do país. Em um domingo, eu acordo e vejo o pessoal da 98 sendo citado pela atitude de um apresentador que eu nem sabia quem era, mas que tinha uma rede social relacionada ao Cruzeiro e vi que ele era funcionário da rádio. Ele atacou uma menina com uma verborragia típica de um fascista de Rádio 98, um machista, misógino, um cara que não deveria agir assim até pelo histórico de vida, mas o ambiente onde ele está é o ambiente para isso.

E a menina começou a ser perseguida na internet. Vi que ela tinha feito uma piada em relação à campanha do Cruzeiro pedir a doação de centavos para o clube. Ela levou umas moedinhas e entregou para o segurança na porta do clube. Essa ação gerou um ataque em massa. Errada ou não a atitude dela, isso já havia acontecido inúmeras vezes. Alguns homens jogaram sacos de moedas na Toca da Raposa, um ficou buzinando na porta, um outro veio do interior com a caminhonete cheia de moedas e jogou lá dentro. Mas a perseguição foi feita apenas com a menina e extremamente violenta.

Conhecendo um funcionário da Rádio, pedi a ele uma explicação e ele não me respondeu. Pedia uma explicação à Rádio, porque eu a citava nos tuits e ela não se manifestava. Então, comecei a usar a linguagem da internet, do Twitter, que uma linguagem um pouco mais violenta. E foi assim que surgiu a #98ApoiaViolencia. Já que a rádio não se manifesta, ela apoia o que o funcionário está fazendo, no silêncio dela”, conta.

Lincoln se diz surpreso com a repercussão instantânea que a tag que ele criou teve. “A repercussão foi instantânea e os diálogos contavam com a participação do Rodrigo Carneiro, dono da Rádio. À noite, o funcionário que eu conhecia já me ligou falando que estava com medo de ser demitido, porque o cara que havia iniciado a perseguição à menina já tinha perdido os patrocinadores dele. Ele me perguntou se o Rodrigo Carneiro poderia me ligar e passou meu telefone para ele. Ele me ligou e tentou explicar a atitude dele e eu disse que, geralmente, os funcionários que ele tinha eram violentos na maneira de lidar com o público que discordava deles. E questionei a diferença de levar moeda à Toca da Raposa e jogar milho no Independência como havia feito o cara que começou a perseguição a ela. E sugeri ao Rodrigo que contratasse profissionais psicologicamente mais bem preparados para trabalhar na rádio e lidar com o público”

Apesar de a grande maioria das pessoas que interagiam na tag apoiar a causa, alguns ainda insistiam no contrário. “Muitos ouvintes me disseram que aquilo faz parte do futebol, mas não concordo. A gozação de um homem e vista de uma forma e, quando é mulher, ele age com violência. Isso já passou, não existe mais. Muitos ouvintes disseram que era “mimimi” e que eu estava estragando a raiz do futebol, o tipo de coisa que a gente ouve dessa galera lixo, que surfa na onda do fascismo com muita facilidade. A rádio tentou justificar dizendo que ele cometeu um erro, que ele é muito novo, muito simples e que ele iria aprender, que ele estava sofrendo, porque perdeu os patrocinadores. E foi aí que eu atuei, fui atrás dos patrocinadores e cobrei uma postura deles.” Relata Lincoln.

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Com todos os holofotes sobre o tema e os patrocinadores pressionando, a rádio atuou. “Eles me convidaram para participar de um programa da rádio, mas não tinha nenhuma mulher na mesa. Fui deixando eles conversarem e, quando estava acabando o programa, eu deixei outra vez a insatisfação de não ver nenhuma mulher ali e afirmei que elas não foram representadas naquele programa. Deixei claro que não estava satisfeito com a rádio e com as justificativas que eles deram.”.

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Após toda essa mobilização, o criador da #98ApoiaViolencia aponta o que viu de positivo na briga que comprou. “O maior resultado para mim foi ver a quantidade de gente que deixou de ouvir a rádio. Toda manifestação nas redes sociais contrária à 98 ganha força muito rápido depois desse dia. Claro que existe a galera que vai alimentar essa rádio enquanto a gente viver essa onda de falso moralismo, de religião eurocentrista que traz esses padrões de comportamentos. A gente sabe que ali existe muito falso moralismo e que é uma característica das pessoas que escutam essa rádio e que surfam nessa onda recatados do lar e, nos bastidores, a gente sabe que não é por aí.”.

No final das contas, a perseguição neste texto não se restringe apenas às mulheres, infelizmente. “Sofro muitos preconceitos, até pela minha religião, eu sou umbandista, perco muitos seguidores, porque eu não abaixo a cabeça para esses caras. Mas eu vejo que a galera costuma comprar as brigas que eu compro, na verdade, eu ganho mais seguidores que perco se eu ficasse isentão. Espero ainda comprar brigas maiores com esses caras, porque eu não sou de me calar quando a briga é uma briga que eu acho que condiz, inclusive, com minha religião em que se manifestam os pretos velhos, os indígenas, os caboclos, as pombas-gira que são mulheres independentes e fortes, os negros e os Exus. Mais do que viver isso em atendimento de gira lá no meu terreiro, eu trago esses valores para minha vida e, diante dessas coisas, eu não me calo.” E nós, mulheres, também não.

Sobre a denúncia da Carina Pereira, a Globo de pronunciou por meio de nota ao UOL, dizendo que “A Globo não tolera comportamentos abusivos em suas equipes e todo relato de assédio é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento” e ainda declarou que “A empresa não comenta questões relacionadas a compliance, pois, de acordo com o Código de Ética do Grupo Globo, assume o compromisso de investigar toda e qualquer denúncia de violação de regras, assim como o de manter sigilo dos processos, não fazer comentários sobre as apurações e tomar as medidas cabíveis, que podem ir de uma advertência até o desligamento do colaborador”.

Sobre a denúncia que recebemos contra a Rádio 98, entramos em contato com a emissora e, até a publicação desse texto (27/01/2021), não havíamos recebido nenhuma resposta. Nos colocamos à disposição para oferecer o mesmo espaço para a rádio se explicar, caso for do interesse deles.

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Paloma Chierici

Jornalista, professora e mãe de pet. Ama viajar e a liberdade que isso lhe proporciona. Dá aula de espanhol e português há mais de 1 década. Como jornalista, trabalhou em televisão, em empresas e em revistas.

COMENTÁRIOS

  • Paloma Chierici

    É uma pena tudo isso, mas não vamos nos calar!!!!

  • Lucas

    A 98FM é uma porcaria de se trabalhar. Sofri abuso moral e mental trabalhando lá. Além de um monte de preconceito.

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