Turismo

Tour pela Cidade Luz

Um passeio repleto de história, arquitetura e arte

Por Júnia Leticia

Há lugares no mundo que, para um viajante amante das artes e de história, são paradas obrigatórias. Um deles é a França. Afinal, foi lá que, entre 1789 e 1799, ocorreu o movimento responsável pela difusão do regime republicano pelo mundo: a Revolução Francesa.Tendo como ideais a liberdade, a igualdade e a fraternidade, o movimento marcou o fim do Absolutismo, que garantia o poder exclusivamente ao rei.

A Revolução Francesa foi Impulsionada pelo Iluminismo, vindo daí a alcunha Cidade Luz. O movimento cultural tinha entre suas características a valorização da razão para se alcançar conhecimento e do questionamento, da investigação e da experiência como forma de conhecimento tanto da natureza quanto da sociedade, política ou economia.

O fato histórico que marca a Revolução Francesa foi aqueda da Bastilha, em 14 de julho de 1789, local que tive a oportunidade de conhecer.Localizada em Paris, o local foi uma prisão na qual ficavam condenados por ações políticas que iam contra a realeza absolutista. Tomada pela população, a construção que lá existia foi demolida em novembro do mesmo ano.

Em 16 de junho de 1792, no local da prisão, foi feita uma praça e erguida a Coluna de Julho, um obelisco com 50 metros de altura, tendo em seu topo uma figura dourada com asas, denominado Génie de la Liberté (Espírito da Liberdade).

Atualmente, a praça abriga shows e eventos culturais. Localizada no bairro de mesmo nome, a região é movimentada à noite, com seus muitos cafés, bares, boates e salas de concerto.

Outra parada obrigatória é a Praça da Concórdia (Place de la Concorde), que fica bem no Centro de Paris. Também importante local histórico da capital francesa, sua construção foi iniciada em 1748 e terminou somente em 1772. É a maior praça de Paris e a segunda maior da França, e impressiona por sua beleza arquitetônica.

Praça da Concórdia
Praça da Concórdia (Paris) – Foto: Arquivo pessoal

Palco de dezenas de acontecimentos históricos, durante a Revolução Francesa, ela era conhecida como Praça da Revolução. Naquela época, mais de mil pessoas foram guilhotinadas, entre elas, o rei Luís XVI, Maria Antonieta e alguns líderes da revolução, como Robespierre e Danton.

Localizada entre o Arco do Triunfo e o Museu do Louvre, no pé da Champs-Élysées, ela conta com duas enormes e lindíssimas fontes: dos Mares (Fontaine des Mers) e a dos Rios (Fontaine des Fleuves), projetadas por Jacques Hittorff. Outro destaque é o obelisco de Luxor, presente do Egito que foi instalado na praça em 1836.

Fontaine des Fleuves
Fonte Fontaine des Fleuves (Paris) – Foto: Arquivo Pessoal

Por fim, visitei, ainda, a Place Vendôme, a mais luxuosa de Paris por abrigar lojas suntuosas, joalherias. Concebida em 1699, somente em 1810 foi construída sua imponente coluna com 44,3 metros de altura. Reza a lenda que, o bronze utilizado na construção foi retirado de 1.200 canhões austríacos e russos, para festejar a vitória na Batalha de  Austerlitz (1805) e homenagear os soldados franceses.

Mas entre uma praça e outra, é impossível não se encantar com a arquitetura de Paris. Em todas as direções que se olha, há o que se admirar. Em palavras, não é possível descrever toda a sua beleza, os seus encantos. Mesmo assim, semana que vem continuamos o nosso tour por Paris.

Jusqu’à la semaine prochaine.

Foto

Júnia Leticia

Jornalista pós-graduada em Comunicação Empresarial, redigiu matérias para veículos diversos, como os jornais O Tempo e Estado de Minas. Os textos publicados neste último veículo lhe conferiram o Prêmio Abracopel de Jornalismo, da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos a Eletricidade (edições de 2010 e 2012) e troféu referente ao Prêmio Abecip de Jornalismo (2011), conferido pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança. Também possui experiência em assessorias de comunicação, como da Fundação de Ensino de Contagem (Funec), Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH), Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-MG), Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG) e Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH).

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